Existem vários tipos de luto. Em verdade, qualquer “fim” representa uma possível perda, um processo de luto, uma morte. Tentamos lidar com o luto como podemos, como conseguimos. Não como sabemos. Porque na verdade não se sabe. Tenta-se. Tenta-se seguir e viver com esse pedaço em falta que às vezes parece insubstituível. Às vezes tentamos defender-nos deste sofrimento distraindo-nos. Distanciando-nos. Fechando-nos. Porque estar aberto significa sempre sentir mais. Às vezes não se quer falar sobre a pessoa que se perdeu. Às vezes porque é desconfortável para nós. Mas muitas vezes porque também é desconfortável para os outros. Os que conhecemos e amamos. Que também não sabem o que fazer com a nossa dor. Às vezes dizem-nos que temos que seguir em frente. Que é a vida. Que o tempo ajudará a esquecer. Mas duvidamos. Parece que nem queremos ouvir isso porque é como se significasse que aquilo que sentimos naquele momento não é tão importante assim. Outras vezes queremos falar… Muito. Sobre o que sentimos. Sobre a pessoa que perdemos. Queremos de alguma forma, mantê-la viva. E falar sobre ela é…vivê-la um pouco. Parece que todos temos dificuldade em lidar com esta experiência. Em verdadeiramente senti-la. Escudamo-nos também nas nossas crenças, diferentes, que muitas vezes nos ajudam a lidar com ela. Mas será que realmente sabemos? O que é? Como é? O que acontece?
No luto, precisamos sim, estar totalmente presentes com o outro. Mas isto significa estar também totalmente presente com a sua dor.
Em Março, daremos início às sessões do grupo de apoio ao luto. Se está, conhece alguém que está a viver, ou viveu um processo de luto partilhe esta informação.
Mais informações através de 960271750 e sara.maciel.morgado@gmail.com
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